
UM ESPAÇO PARA SER,
SENTIR E EXISTIR
EM SEGURANÇA.

NOSSA HISTÓRIA

O Instituto Transgente nasceu em 2024, a partir da iniciativa de Léo, um adolescente trans de 12 anos que sonhava em criar um espaço de acolhimento e visibilidade para jovens como ele. O primeiro passo foi a criação de uma página no Instagram, dedicada a compartilhar notícias positivas, conquistas e vivências de pessoas trans. A proposta, inicialmente simples e transformadora, tinha como objetivo espalhar amor, promover representatividade e reduzir os impactos do preconceito.
O engajamento nas redes cresceu rapidamente e revelou uma forte demanda por acolhimento. A comunidade que se formou em torno da página ganhou novos colaboradores e se expandiu, dando origem a uma rede de apoio emocional voltada a adolescentes trans de diferentes regiões do Brasil. Com isso, se criou um grupo do WhatsApp, que se tornou um espaço de escuta e fortalecimento de vínculos entre os jovens, com uma troca constante de experiências e apoio.


O Transgente segue estruturando e profissionalizando núcleos de atuação em diversas frentes, como saúde, educação, cultura, arte e política. A formalização, em breve, será um passo fundamental para ampliar a visibilidade, o acesso a recursos e, acima de tudo, a capacidade de transformar vidas e garantir que adolescentes trans possam existir com dignidade.
NOSSOS VALORES

Nesse espaço, jovens com trajetórias e contextos diversos passaram a compartilhar experiências por meio de mensagens e interações em grupo, construindo coletivamente uma rede de apoio e fortalecimento mútuo entre adolescentes. A partir dessa vivência, foi identificada a necessidade de integrar profissionais e estagiários da área da Psicologia, com o objetivo de oferecer um acompanhamento mais qualificado, ético e sensível às especificidades de jovens em situação de vulnerabilidade, garantindo um acolhimento especializado e responsável.
Com a integração de estagiários e profissionais da Psicologia, o Transgente ampliou sua atuação para oferecer uma rede de apoio integral, indo além das trocas de mensagens. Essa expansão levou à estruturação profissional do coletivo, com a criação de protocolos de segurança e suporte em diversas áreas, como saúde, educação, cultura e cidadania. Esse movimento consolidou o instituto como uma iniciativa pioneira de transformação coletiva voltada à comunidade trans.


Hoje, o Transgente é reconhecido como a primeira iniciativa no Brasil que atua diretamente com jovens e adolescentes trans sem apoio familiar, tendo como principais focos a manutenção da saúde mental, a prevenção ao suicídio, o acolhimento familiar e o acesso à cultura, enfrentando problemas que afetam essa população de forma desproporcional no nosso país.
Além disso, dentre as realizações culturais iniciadas pelo Instituto, destaca-se a criação do 1º Bloco de Carnaval para Crianças e Adolescentes Trans, o Matilha Transgente, em 2025, no Centro Cultural Casa1, em parceria com a Banda Francisco El Hombre. O coletivo também idealizou o 1º Festival de Juventudes LGBTQIAPN+ do Brasil, reforçando seu papel de inovação e mobilização cultural.


NOSSO PROPÓSITO
Assumimos o compromisso e propomos ressignificar a disforia não como um desajuste individual, mas como uma experiência sensível que revela as tensões entre corpos dissidentes e uma realidade moldada pela normatividade de gênero. Ao afirmar a disforia do mundo, convocamos sua transição: não como adaptação das existências trans a um sistema excludente, mas como convite à reinvenção radical das estruturas sociais, epistemológicas e afetivas que o sustentam. Assim, compreendemos a experiência trans como potência de deslocamento, criação e transformação coletiva.
TRANSFORMAR A DISFORIA DO MUNDO EM POTÊNCIA DE TRANSIÇÃO
Nosso propósito central é garantir que adolescentes trans tenham suas existências reconhecidas, respeitadas e celebradas. Atuamos para assegurar acolhimento e proteção diante de contextos de violência familiar, escolar e institucional, ao mesmo tempo em que promovemos espaços de escuta e expressão em que suas vozes possam não apenas serem ouvidas, mas também reverberar como agentes de transformação social. Reconhecemos nesses sujeitos a potência de reconfigurar o presente e de programar, com autonomia e criatividade, futuros dissidentes das normas de gênero impostas.
ACOLHER, PROTEGER E AMPLIFICAR AS VOZES
DE ADOLESCENTES TRANS

Após um ano da Transgente, foi decidido que a logo deveria ser renovada e ressignificada. O fantasminha original remetia a esconderijo e conforto, debaixo de uma bandeira que cobria seu corpo. O instituto passou por muita coisa, e queria uma logo que transmitissem força, luta e coragem. Apesar da balaclava ser associada com atos criminosos, aqui ela é vista como um ato de protesto, para fugir da vigilâncias que tratam a juventude trans como ato revolucionário, um ataque ao Estado conservador. Por isso, foi criada a balaclava como uma bandeira trans, marcada por desenhos e frases das crianças e adolescentes por quem o coletivo luta. Também é usada para evitar e exposição e consequentes ataques públicos dos jovens. Ela não representa crime ou esconderijo, ela representa a força de vontade de mudar a sociedade.
E POR QUÊ
UMA BALACLAVA?









